A Vigilância Epidemiológica de Americana registrou mais um óbito por febre maculosa. Trata-se de um homem de 52 anos, morador da Vila Dainese, que começou a sentir os sintomas no dia 28 de maio. Foi internado no Hospital Municipal em 3 de junho e veio a falecer no dia seguinte. O local provável de infecção é uma região de chácaras de Capivari, local frequentado pelo paciente.
Com mais essa morte, Americana contabiliza três óbitos pela doença. Os outros dois casos tratava-se:
– De um homem de 38 anos, residente no bairro Boer. No dia 13 de abril ele começou a apresentar febre, redução na quantidade de urina, dores musculares, prostração e convulsão. O paciente foi internado no dia 17 de abril em hospital público, onde permaneceu até a data do óbito, em 30 de abril. Segundo o levantamento feito pelos técnicos do Programa de Vigilância e Controle de Carrapatos e Escorpiões (PVCE), o provável local de contaminação foi às margens da represa Areia Branca, em Santa Bárbara D’Oeste.
– De um homem de 56 anos, residente no bairro Chácara Letônia. Os sintomas tiveram início no dia 25 de abril, apresentando febre, prostração, dores musculares e falta de ar. Foi internado no dia 29 de abril em hospital particular e faleceu em 30 de abril. De acordo com a Vigilância, o local provável de infecção é a Fazenda Angélica, onde o paciente residia e também administrava.
De janeiro a 24 de junho deste ano, Americana notificou quatro casos de febre maculosa, sendo um positivo autóctone, dois positivos importados e um descartado. Os três casos positivos foram a óbito.
A Secretaria de Saúde pede aos munícipes para que evitem as áreas de risco e, caso seja necessária a frequência nestes locais, que se tomem os seguintes cuidados:
– Utilizar roupas claras porque facilitam a visualização dos carrapatos;
– Colocar a barra das calças dentro das meias e calçar botas de cano alto;
– Examinar o corpo cuidadosamente a cada três horas pelo menos, porque esses carrapatos transmitem a bactéria causadora da Febre Maculosa depois de algumas horas após a picada na pele;
– Tenha cuidado ao retirar o carrapato que estiver grudado à pele, fazendo-o mediante uma leve torção.
Se em um período de dois a 14 dias após frequentar estes locais, o indivíduo apresentar febre alta, dores no corpo, dores de cabeça, calafrios e manchas avermelhadas na pele, deve procurar imediatamente o serviço de saúde e, no momento da consulta, informar ao médico sobre o contato com carrapatos.
Áreas de risco delimitadas pelo PVCE em Americana
Área da Carioba: Pesqueiros do Rio Piracicaba, próximos ao parque têxtil da Rua Carioba.
Área da Casa de Cultura Herman Müller: Mata ciliar adjacente ao Ribeirão Quilombo.
Área do Rio Jaguari: Região pós-represa do Salto Grande (chácaras nas proximidades da Colônia Agrícola do Sobrado Velho).
Área do Museu Histórico: Pesqueiros na confluência dos rios Atibaia e Jaguari.
Área do Assentamento Milton Santos: Matas ciliares do Rio Jaguari e Córrego Jacutinga
Área da ponte do Rio Piracicaba, sobre a Rodovia Anhanguera: Pesqueiros locais
Área do Rio Piracicaba: Pesqueiros nas proximidades do Centro de Detenção Provisória de Americana (CDP).
Área da represa do Jardim Imperador: Residencial Portal dos Nobres
Área da Praia dos Namorados: Orla da Represa do Salto Grande
Área do Bairro Mirandola: Pastos e matas periféricas
Área da Praia do Zanaga: Braço da Represa do Salto Grande entre os bairros Antônio Zanaga e Vale das Nogueiras.
Área da Usina da CPFL: Represa do Salto Grande.
Área do Ribeirão Quilombo: Toda a extensão.
Área verde do Parque Nova Carioba: Mata ciliar do córrego Bertini.