Uma assembleia com 200 alunos de 12 a 14 anos de idade da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Jonas Correa de Arruda Filho, da Rede Municipal de Ensino de Americana, elegeu na manhã desta quarta-feira (3),10 delegados que vão participar IX Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, no próximo dia 10 de outubro, na FAM. O tema do evento será “Proteção Integral, Diversidade e Enfretamento às Violências”. Antes da escolha dos delegados, os alunos participaram da palestra da vice-presidente do CMDCA, Giuliana Meira, no auditório da escola. “Ela falou sobre o tema da conferência e os preparou, com informações, para a participação dos alunos no evento do dia 10 de outubro.”
Segundo a pedagoga da escola, Elizabeth Brito, a reunião foi uma preparação para a participação dos alunos no evento. “É importante o nosso aluno ter voz ativa na elaboração de propostas de políticas públicas voltadas para a criança e o adolescente.” Ela acredita que esta é uma forma de fortalecimento da cidadania nos alunos e parte do processo educacional. “Queríamos ouvir nossos adolescentes a partir da realidade que eles enfrentam. Ver suas propostas e garantir a proteção integral nas ações das políticas públicas. Procuramos alunos cada vez mais críticos, conscientes de seus direitos e deveres e protagonistas da história de vida. Vejo os alunos não como futuro e sim como presente na caminhada para uma sociedade melhor e mais justa”, afirmou.
A outra pedagoga da Emef, Roberta Fonseca, considera importante que o aluno conheça os seus direitos. “A partir do momento em que o aluno tem conhecimento, pode agir e ter ações com os colegas e com a família. A participação traz a voz”, afirmou. O professor de geografia, Fernando Costa, disse que a escola faz um trabalho continuo em relação às questões de cidadania. “É uma prática cotidiana. Estamos sempre abertos para reflexões dos problemas. Nós acreditamos que isto é fundamental para a mudança da realidade. É um trabalho constante: ouvir e discutir”, argumentou.
A aluna Isabela Moreira, de 14 anos de idade, que foi eleita delegada na assembleia, gostou de ter participado da discussão. “Eu acho importante este tipo de reunião. Pois não é todo adolescente que ouve e presta atenção nos problemas dele.” O estudante Gabriel Santos, de 14 anos de idade, é otimista com o evento. “Espero que haja mudanças e que acabem um pouco com os preconceitos em sala de aula. Temos que ser contra a violência”, afirmou.