Uma visita à Câmara de Americana, realizada na manhã da última terça-feira (26), por um grupo de adolescentes e jovens de uma instituição de ensino, acabou se tornando motivo de desentendimento e advertência, com o presidente da Casa, Thiago Brochi (sem partido), tomando medidas contra a vereadora Professora Juliana (PT).
Segundo a vereadora, cerca de 30 alunos de duas turmas compareceram à câmara com o objetivo de aprender sobre “o papel do Legislativo e formas de participação social”. Durante a visita, ao entrarem no “plenarinho”, Juliana foi abordada por servidores da Casa e informada de que seria necessária uma autorização prévia para realizar a excursão, o que a vereadora não tinha.
Como resultado, a visita teve que ser interrompida e encerrada na área externa do prédio. O protocolo exige que solicitações de excursões sejam feitas com cinco dias de antecedência, especialmente no âmbito do projeto Câmara Jovem, que foi retomado neste ano e tem a responsabilidade de guiar visitas pedagógicas.
Juliana explicou que a intenção era proporcionar aos alunos uma visão de como é para uma mulher de esquerda estar na câmara e, por esse motivo, a visita não foi organizada por meio do projeto Câmara Jovem. Ela também alegou que esperava receber um número menor de alunos.
Por sua vez, Brochi confirmou que a visita foi interrompida e afirmou que, se fosse uma única pessoa ou uma família, não teria havido problema, mas com duas turmas, a vereadora deveria, no mínimo, ter avisado com antecedência. Ele também destacou que os funcionários da Câmara foram surpreendidos pela situação.
O presidente ressaltou a importância dos protocolos e documentos necessários para atividades na Câmara e alertou sobre a potencial complexidade de lidar com visitas em grande escala, como a de ônibus, que poderiam gerar problemas de responsabilidade em caso de acidentes durante o trajeto.
Na quarta-feira (27), Juliana recebeu uma advertência formal por e-mail e foi orientada sobre a necessidade de obter autorização prévia. Até o momento da publicação deste texto, a vereadora informou que não havia recebido o documento. A reincidência de advertências pode levar o legislador à comissão de ética.