O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Americana (Condepham) tomou uma medida decisiva em relação à segurança das fábricas no complexo industrial de Carioba. Em uma representação apresentada ao Ministério Público (MP), o Condepham exige que a prefeitura instale dispositivos anti-incêndio nas instalações, alegando preocupações significativas após um incêndio devastador em setembro de 2020.
O complexo industrial, tombado como patrimônio histórico do município, abriga 23 empresas, incluindo tecelagens, tinturarias, uma indústria de móveis e duas de material plástico. No entanto, a ausência do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) é uma lacuna preocupante, especialmente após o incêndio que consumiu quase seis mil metros quadrados de construção, afetando cinco galpões.
Diego Bernardo, presidente do Condepham, enfatizou que o conselho não é responsável pela verificação do AVCB, mas a tragédia de 2020 destacou a necessidade urgente desse documento. Após meses de diálogo com a prefeitura, a demora na resolução levou o conselho a acionar o Ministério Público em busca de intervenção.
A falta do AVCB é motivo de grande preocupação para Bernardo, que destaca a possível relação entre a demora da prefeitura e os custos estimados em cerca de R$ 1 milhão para a instalação dos dispositivos anti-incêndio. O presidente do Condepham ressalta que a ausência do AVCB não afeta apenas o patrimônio histórico, mas coloca em risco a segurança das pessoas que trabalham no local.
Na representação protocolada no MP, o Condepham solicita que a prefeitura elabore um plano de combate a incêndios, visando a regularização das fábricas perante o Corpo de Bombeiros. O objetivo principal é garantir a segurança dos trabalhadores e preservar o valioso patrimônio histórico do local.
Em resposta, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Americana informou que está em tratativas com o Condepham há alguns meses, buscando alternativas para viabilizar a execução do projeto. No momento, o processo encontra-se na fase de orçamentos para iniciar a licitação. O diálogo entre as partes permanece crucial para encontrar soluções eficazes que garantam a segurança e preservação do complexo industrial de Carioba.