No último mês, os casos positivos de dengue atingiram níveis alarmantes em Americana e Nova Odessa. Os números revelam uma preocupante escalada da doença nas duas cidades.
Em Americana, os registros de fevereiro de 2023 totalizaram 19 casos. Entretanto, no mesmo período deste ano, esse número saltou para 84, representando um assustador aumento de 342%. Em Nova Odessa, a situação é ainda mais grave, com o número de contaminações aumentando de oito para 235 – um crescimento impressionante de quase 30 vezes.
O combate à dengue é uma prioridade, centrando-se principalmente na prevenção da reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. As autoridades têm intensificado esforços para eliminar possíveis criadouros em ambientes urbanos e rurais.
Este ano, o governo federal iniciou a vacinação contra a dengue com o imunizante Qdenga, do laboratório japonês Takeda, recentemente aprovado. No entanto, devido à disponibilidade limitada de doses, a vacinação está sendo priorizada para crianças de 10 a 14 anos, com as cidades da região ainda não incluídas nesta fase de imunização.
Em Americana, os agentes do Programa Municipal de Controle da Dengue têm realizado visitas casa a casa, revestindo caixas d’água, distribuindo folhetos informativos e implementando ações para erradicar os focos de reprodução do mosquito. O secretário de Saúde de Americana, Danilo Carvalho Oliveira, enfatiza a importância do envolvimento de toda a comunidade na luta contra a doença, destacando que a dengue pode ter complicações graves e até fatais.
Em Nova Odessa, a Secretaria de Saúde formou o Comitê Intersetorial de Combate às Arboviroses, encarregado de supervisionar as ações contra o Aedes aegypti, vetor não apenas da dengue, mas também do vírus da zika e chikungunya. O comitê já realizou mutirões de eliminação de criadouros do mosquito e investe na orientação da população sobre a importância da prevenção.
É essencial que a população esteja ciente dos sintomas da dengue e dos sinais de alerta que podem indicar complicações. A doença pode apresentar desde febre alta, dores musculares e articulares até sinais de alarme como dor abdominal intensa e sangramentos, especialmente em grupos de risco como crianças, pessoas com comorbidades, gestantes e idosos.
Diante desse cenário preocupante, é crucial que todos contribuam ativamente para combater a proliferação da dengue e proteger a saúde da comunidade.