Este ano, a Prefeitura de Americana tem redobrado esforços no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue. Com uma das temporadas mais graves da doença em curso, autoridades municipais já aplicaram R$ 60,4 mil em multas a proprietários de imóveis onde foram identificados riscos potenciais para a reprodução do vetor.
Até a última sexta-feira, a cidade registrou sete óbitos e mais de 3,6 mil casos confirmados de dengue, embora os números tenham apresentado uma leve redução nas últimas semanas com a chegada do inverno.
O Programa Municipal de Controle da Dengue (PMCD) emitiu 74 autos de infração neste ano, destacando que as infrações frequentemente estão relacionadas às condições dos imóveis. Entre os problemas identificados estão terrenos baldios com acúmulo de mato alto e objetos que podem acumular água, além de caixas d’água descobertas e piscinas sem tratamento adequado.
A fiscalização, realizada pela Unidade de Vigilância em Saúde (Uvisa), abrange tanto imóveis residenciais quanto comerciais e industriais. As multas variam conforme a gravidade da situação, podendo alcançar até R$ 14,1 mil, de acordo com a legislação municipal que utiliza como base a Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (Ufesp).
Antes da aplicação definitiva da multa, os proprietários têm até 10 dias para recorrer apresentando evidências de que o problema foi corrigido. O PMCD conta com 35 agentes de controle de vetor, que realizam inspeções periódicas e campanhas de conscientização, especialmente nos meses que antecedem o pico da doença, entre março e maio.
Os bairros mais afetados em Americana são Cidade Jardim, Jardim Ipiranga e Parque Novo Mundo, onde são registrados o maior número de casos. Para denunciar possíveis criadouros do mosquito, os moradores podem utilizar o SAC da Prefeitura ou o Atendimento Digital disponível no site oficial.
Essas medidas visam não apenas combater a proliferação da dengue, mas também proteger a saúde pública e evitar novos surtos entre a população local.
