Americana foi considerada a melhor cidade do Estado de São Paulo, com mais de 200 mil habitantes, nos quesitos segurança e meio ambiente, segundo o estudo “Comparação do Nível de Desenvolvimento dos Municípios Paulistas de Maior Porte”, divulgado em abril. O trabalho foi elaborado pelo Núcleo de Estudos das Cidades (NEC), com a participação de professores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e pela Fatec.
De acordo com os organizadores, o estudo apresenta dados comparativos das principais áreas associadas ao nível de desenvolvimento socioeconômico (qualidade de vida).
Americana foi avaliada dentro do grupo de 41 municípios com mais de 200 mil habitantes, que concentram, aproximadamente, 64% dos residentes do Estado. Foram levadas em consideração as áreas de economia, saúde, educação, meio ambiente, segurança, mobilidade e finanças públicas.
Na área de segurança, Americana obteve um dos menores índices de exposição a crimes violentos entre 2019 e 2021 e foi avaliada com nota 10, ficando em primeiro lugar ao lado de cidades como Piracicaba, Franca e Presidente Prudente.
No quesito meio ambiente, Americana também ficou em primeiro lugar graças à boa pontuação, de 2019 a 2021, no Programa Município Verde Azul. No cômputo geral, a cidade obteve a primeira colocação, com 10 pontos, junto com São José do Rio Preto, Santos e Mogi das Cruzes.
“Americana demonstra novamente sua força, sua pujança, como uma das cidades mais prósperas e importantes do nosso Estado. Eu e o vice Odir Demarchi ficamos muito felizes com esses números, e vamos trabalhar cada vez mais para que esse progresso seja contínuo, em todas as áreas”, disse o prefeito Chico Sardelli.
Em Educação, os estudiosos analisaram o índice de desenvolvimento da educação básica e o nível de escolaridade da população no índice paulista de responsabilidade social. Na classificação geral, Americana ficou em 3º lugar, com nota média 9,6.
Classificação geral
Pelo IDH Verde (saúde, educação, economia e meio ambiente), Americana fica em 2º lugar, com 9 pontos;
Na classificação global pelo método NEC, que engloba as áreas de saúde, educação, segurança, meio ambiente, mobilidade, economia e finanças públicas, Americana ficou em 4º lugar, com 8,40 pontos:
Pelo IDH tradicional (saúde, educação e economia), a cidade também está em 4º lugar, com 8,67 pontos.
HORTOLÂNDIA
Hortolândia é o décimo município mais desenvolvido no estado de São Paulo. É o que aponta um estudo divulgado, neste ano, pelo NEC (Núcleo de Estudos das Cidades), formado por professores da USP, UFSCar e Fatec-SP.
O estudo desenvolvido pelo Núcleo de Estudos das Cidades considera municípios acima de 200 mil habitantes. A proposta dos organizadores é explorar indicadores de qualidade de vida que não são abordados pela classificação tradicional do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que explora majoritariamente temas como Educação, Saúde e Economia. Além de considerar o Meio Ambiente, o NEC inova ao apresentar a avaliação de indicadores das áreas de segurança, mobilidade urbana e finanças públicas. Pelo IDH tradicional, Hortolândia ficaria na 11ª colocação como cidade de grande porte mais desenvolvida no Estado, com uma pontuação de 7,87 (a classificação global do índice considera uma nota entre 0 a 10).
O prefeito de Hortolândia, José Nazareno Zezé Gomes, avalia que o planejamento estratégico é fundamental para que o município figure em uma posição favorável no ranking de municípios mais desenvolvidos do Estado. “Somos uma cidade jovem, portanto, o planejamento é fundamental. Quando o gestor pensa apenas em obras eleitoreiras, não pensa em melhorar a cidade, é impossível subir um degrau. Em Hortolândia, pensamos 30 anos a frente. Temos obras já programadas para serem executadas em 2025. Chegamos a essa posição devido ao planejamento, bom uso do dinheiro público, habilidade na captação de recursos e, principalmente, por pensarmos na construção de uma cidade de qualidade, inteligente e sustentável”, comenta.
O professor da USP e coordenador do Núcleo de Estudos das Cidades, Antônio Clóvis Ferraz, explica a importância da metodologia aplicada pelo núcleo como forma de atualizar os índices divulgados pelos métodos tradicionais. “O NEC começou há dois anos. Atualmente, possuímos uma metodologia mais consolidada. Para chegarmos aos resultados, consideramos a média, porque vários tópicos oscilam muito, como é o caso da mortalidade infantil, que em um ano está alta em alguma cidade, no outro pode estar baixa. A última divulgação do IDH está muito defasada. As cidades mudaram muito nos últimos anos. A metodologia do NEC permite diminuir as defasagens ao divulgar um estudo mais atualizado”, avalia.