A Secretaria de Saúde de Americana passou a contar, a partir desta terça-feira (12), com os trabalhos da empresa Sime Prag do Brasil, no auxílio ao combate à dengue. A empresa vai atuar com 23 funcionários, entre visitadores, nebulizadores e supervisores de campo, que iniciaram os trabalhos hoje com uma capacitação na sede da secretaria.
O treinamento está sendo conduzido pela Vigilância Ambiental, órgão vinculado à Uvisa (Unidade de Vigilância em Saúde) e deverá ser concluído nesta quarta-feira. A empresa foi contratada para atuar de forma complementar às ações já desenvolvidas pelo PMCD (Programa Municipal de Controle da Dengue).
Na quinta-feira (14), ela já inicia os trabalhos, realizando visitas de casa em casa nos bairros Vila Bela e Antônio Zanaga, regiões de grande incidência na transmissão.
Durante a recepção dos novos funcionários, o secretário de Saúde, Danilo Carvalho Oliveira, ressaltou a importância deste trabalho. “Nós estamos vivendo um momento muito delicado, com o aumento dos casos de dengue. Agora que a pandemia da Covid está diminuindo nós entramos numa fase de recrudescimento da dengue em todo o País. Por isso, é fundamental a união dos esforços para minimizar o impacto da transmissão no município”, considerou.
Nebulização na quinta-feira
Também na quinta-feira uma equipe da empresa iniciará ações de nebulização de inseticida no bairro Antônio Zanaga. Os trabalhos de casa em casa e a nebulização deverão prosseguir no sábado e serão retomados na segunda-feira (18).
Além da empresa, a equipe do PMCD continua atuando conforme as diretrizes do Programa Nacional de Controle da Dengue, do Ministério da Saúde, com busca ativa de novos casos e controle de criadouros, visitas em pontos estratégicos (borracharias, comércios de sucatas, floriculturas, entre outros), imóveis especiais (indústrias, colégios, igrejas, hospitais, entre outros) e ações educativas diversas.
Os trabalhos de combate à dengue em Americana vêm sendo realizados ininterruptamente desde 1991, quando foi estruturada a primeira equipe de controle. Os anos com maior incidência de dengue na cidade foram 2014, com 9.433 casos, 2015, com 7.899 confirmações e 2019, quando o município teve 6.179 casos positivos notificados.
Nos últimos anos, Americana registrou 11 óbitos causados pela dengue, sendo dois em 2022, um em 2021, quatro em 2019, três em 2015 e um em 2014. Além dos dois óbitos já anunciados neste ano, existem outros cinco que seguem sob investigação, suspeitos de terem sido causados pela doença.
Aedes Aegypti
O mosquito Aedes Aegypti se reproduz na água limpa e parada. Para evitar a sua proliferação os moradores devem acondicionar corretamente o lixo doméstico, manter sempre bem tampados (vedados) tonéis e caixas d’água, manter as calhas desobstruídas, acondicionar pneus e materiais inservíveis protegidos das chuvas, manter os pratos que ficam sob vasos de plantas sempre secos, podendo utilizar areia grossa até a borda do mesmo, repondo-a sempre que necessário, entre outra medidas sanitárias.
Na prática, todo material que retém água será considerado um criadouro para o mosquito. Por isso é tão importante observar nos imóveis, tanto na área externa quanto interna, se há água parada e eliminá-la imediatamente assim que constatada.
Os sintomas da dengue são febre, prostração geral, falta de apetite, dores musculares e articulares, dor no fundo dos olhos, cansaço, fadiga, enjoo, vômito, diarréia, entre outros. Em muitos casos ocorrem manchas vermelhas pelo corpo (chamadas exantemas) e nem todos os sintomas ocorrem ao mesmo tempo.
Há casos, inclusive, cuja manifestação da doença é leve, apenas com um pouco de febre e dor pelo corpo, porém a dengue não causa coriza (nariz escorrendo), situação que é facilmente diferenciada de um resfriado comum.