Uma luta por uma sociedade sem preconceitos com foco na liberdade como direito de todos. As ruas da área central de Santa Bárbara d’Oeste foram tomadas nesta sexta-feira (18) por cartazes sobre a Luta Antimanicomial com dizeres: “Liberdade é o melhor cuidado”, “Cuidar sim. Excluir jamais” e “Diga não ao manicômio!”. Mais de 200 pessoas participaram da caminhada em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial – lembrado hoje – entre pacientes de todos os serviços de Saúde Mental da Atenção Básica, CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), APAE (Associação de Pais e Amigos de Santa Bárbara), familiares e população em geral.
Com saída do CAPS II, nas proximidades do Centro Social Urbano, à Praça Central, houve apresentação dos alunos da APAE “Grupo Rodarte”, Grupo de Conto – CAPS AD e Grupo Dançaterapia, além da participação da Feira do CAPS. “É o quarto ano que acontece a caminhada no Município. Já podemos dizer que é um marco pela luta dos direitos das pessoas em sofrimento psíquico, pela qualidade do tratamento em liberdade, por meio dos serviços substitutivos da internação. A caminhada é uma importante interação com a sociedade e nessa ocasião os usuários dos serviços de saúde mental podem mostrar a conquista da sua autonomia e a melhora na sua qualidade de vida”, explicou a secretária de Saúde, Lucimeire Coelho Rocha.
Lucimeire ressaltou ainda a referência que Santa Bárbara d’Oeste é na questão da Saúde Mental. “O prefeito Denis Andia sempre olhou com muito carinho para a Saúde Mental na cidade. Com isso, em breve teremos um novo CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) no Jardim Fernando Mollon, pensando na qualidade de vida daqueles que precisam. Também fomos destaque durante o 33º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde em Brasília com o projeto “Construção da RAPS – Rede de Atenção Psicossocial” – implantado em 2013 e que contou com a diminuição de internações psiquiátricas em 75%”, complementou a secretária.
O evento em Referência ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial foi uma manifestação contra a violência, maus tratos, aprisionamento, abandono, negligência e discriminação. Está em consonância à Reforma Psiquiátrica, que tem como princípios: Liberdade, Autonomia, Dignidade e Direitos Humanos, Convívio Social e Familiar, em um novo olhar para tratamento do sofrimento, que é a Atenção Psicossocial.