Atendendo a uma determinação do prefeito de Nova Odessa e presidente do Consórcio PCJ (Bacia dos rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari), Benjamim Bill Vieira de Souza, a Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa) passará a monitorar a água do Ribeirão Quilombo graças a um convênio firmado com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) na última semana, por meio do sistema de informação “InfoÁguas”. Na ocasião, o gerente da Agência da Cetesb de Americana, José Ferreira Assis, e Diogo Pereira Concha Freitas, tecnólogo da companhia, estiveram no gabinete do prefeito novaodessense.
De acordo com o diretor-superintendente da Coden, Ricardo Ongaro, Nova Odessa será a primeira cidade da RMC (Região Metropolitana de Campinas) a monitorar a qualidade da água do Ribeirão Quilombo. “Serão instalados dois pontos de coleta da água do ribeirão, um deles dentro da própria ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Quilombo e o outro mais à frente, nas imediações da ponte que passa pela Rodovia SP-304. Com esse termo de cooperação mútua que firmamos, a Cetesb nos fornecerá login e senha para que possamos abastecer o banco de dados do sistema com as informações referentes à coleta, que será feita uma vez por mês”, explicou Ongaro.
O sistema de informação “InfoÁguas” é uma iniciativa da Cetesb, que visa disponibilizar ao público interessado informações sobre a qualidade das águas do Estado de São Paulo. No Quilombo, ao todo, são 9 pontos de coleta. Através do sistema, os usuários têm acesso aos índices de qualidade das águas superficiais e aos resultados dos parâmetros analisados sistematicamente pela Cetesb em seu “Programa de Monitoramento de Águas Superficiais”.
CONSÓRCIO PCJ. Presidido por Bill, o Consórcio PCJ vem trabalhando na recuperação do Ribeirão Quilombo. No final de agosto, a entidade apresentou um diagnóstico consolidado da situação do ribeirão e o plano de ação para tornar as suas águas com qualidade para abastecimento em 2035 e, assim, transformá-lo numa alternativa hídrica para momentos de escassez hídrica e eventos extremos para os municípios que formam a Bacia Hidrográfica do Quilombo.
“É necessário que nesse momento, cada prefeito das cidades por onde o Ribeirão Quilombo passa coloque como meta de suas administrações devolver a vida ao ribeirão e aos rios da nossa região para deixarmos como legado para as futuras gerações”, disse Bill. O Ribeirão Quilombo possui apenas 54,7 km de extensão e vazões médias de 5,5 m³/s, o que dificulta seu poder de autodepuração, ou seja, de limpar suas águas durante o trajeto do corpo d’água. Para melhorar a água do ribeirão serão necessários investimentos no tratamento de esgoto, com tratamentos terciários, inclusive, a construção de reservatórios de contenção de picos de chuvas, o que aumentará a vazão de diluição do curso d’água, e o reflorestamento das matas ciliares e nascentes de córregos afluentes do Quilombo.
Bill ressalta que é necessário buscar investimentos dos governos Federal e Estadual para para ações de recuperação do ribeirão. “Existem recursos, até a fundo perdido que podemos solicitar, precisamos é ter bons projetos e correr atrás. Vamos salvar o nosso Quilombo”, comentou. “Nova Odessa já faz a sua parte, devolvendo água limpa para o Quilombo porque, desde 2015, tratamos 100% de todo o esgoto coletado na cidade. Nossa lição de casa está sendo feita para que um dia, quem sabe, possamos voltar a usar a água do Quilombo”, afirmou o prefeito de Nova Odessa.