Consciência Negra: bibliotecária do Senac Americana indica livros escritos por autores negros

Novembro é marcado pelo Dia da Consciência Negra, nesta segunda-feira (200, data que propõe o debate sobre o racismo e suas implicações. Entendendo que a conscientização também passa pela construção da bagagem cultural, Ana Claudia de Souza, bibliotecária do Senac Americana, defende a importância da diversidade literária e difusão de obras escritas por autores negros.

Ana explica que quando a leitura desses escritores é conhecida e incentivada, a representatividade e a voz da comunidade negra, que historicamente foram silenciadas, são ampliadas. Além disso, a leitura contribui para enriquecer a compreensão de mundo do leitor.

“Este dia é uma ótima oportunidade para começar a ler mais autores negros, conhecer diversas realidades e refletir sobre o passado e o presente, para que possamos construir um futuro diferente do que temos agora”, defende a bibliotecária.

Para quem deseja ampliar o seu repertório, a bibliotecária lista cinco livros que considera essenciais para entender o racismo no Brasil. Todos estão disponíveis na biblioteca do Senac, que é aberta à comunidade.

Racismo estrutural (Silvio de Almeida, 2019) – Alertando sobre costumes naturalizados, a obra mostra como o racismo é praticado de forma estrutural no país. Ou seja, como o preconceito e a discriminação racial estão consolidados na própria organização da sociedade. É um livro com grande potencial informativo e reflexivo, excelente para quem deseja repensar alguns hábitos e suas implicações.

Lugar de fala (Djamila Ribeiro, 2019) – Nesta obra Djamila Ribeiro desmistifica o conceito de lugar de fala, isto é, explica que a situação de vida que cada pessoa ocupa socialmente, faz surgir diferentes perspectivas sobre um mesmo tema. Desta forma, o livro defende a importância de se ouvir essas diversas vozes, porque tão importante quanto “o que” se fala é, também, “quem” fala.

Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil (Sueli Carneiro, 2011) – A autora nos convida a refletir criticamente a sociedade brasileira, explicitando de forma contundente como o racismo e o sexismo têm estruturado as relações sociais, políticas e de gênero no país.

Jeremias: Pele (Rafael Calça e Jefferson Costa, 2018) – Para quem gosta de histórias em quadrinhos, este é um livro para toda a família. Numa reinterpretação ousada, porém necessária, o roteirista Rafael Calça e o desenhista Jefferson Costa dão vida a uma história forte, dura e emocionante, na qual Jeremias lidará pela primeira vez com o preconceito por causa da cor da sua pele. A história é recheada de superação, aprendizado e preparação para a vida.

Amoras (Emicida, 2018) – Por fim, uma obra infantil, no qual o rapper Emicida conta uma história cheia de simplicidade e poesia. O livro mostra a importância de nos reconhecermos nos pequenos detalhes do mundo e nos orgulharmos de quem somos – desde criança e para sempre.

A biblioteca do Senac é aberta à comunidade e para consultar o acervo no local, não há necessidade de inscrição. Exceto para pessoas vinculadas ao Senac (alunos, docentes e funcionários), para quem desejar fazer empréstimos de livros, o cadastro é realizado diretamente no local. É necessário apresentar documento de identidade, CPF e comprovante de residência, todos originais. Mais informações sobre o regulamento para empréstimos podem ser obtidas diretamente na biblioteca da unidade ou acessando o site do Senac.

SERVIÇO

Senac Americana
Endereço: Rua Dr. Angelino Sanches, 800 – Vila Gallo – Americana/SP
Informações: www.sp.senac.br/senac-americana

Ouça abaixo o bate-papo com Ana Claudia de Souza, bibliotecária do Senac Americana, no Azul Cidades, edição de 20 de novembro de 2023.

 

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