DAE de Americana realiza aterramento para impedir despejo de esgoto e tinta no Córrego Santa Angélica

Medida ocorre após denúncia de vazamento na região do São Luiz e cobrança da Cetesb

Vazamento de esgoto tem atingido o Córrego Santa Angélica, em Americana – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

O Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Americana realizou obras de aterramento no Córrego Santa Angélica, próximo à Rua Oswaldo Bueno Quirino, no bairro São Luiz, com o objetivo de impedir novos despejos de esgoto e resíduos de tinturaria no local. A ação foi uma resposta a um vazamento de efluente, flagrado pelo jornal LIBERAL em 12 de março deste ano, devido ao rompimento de uma tubulação.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) exigiu as intervenções, emitindo um auto de infração e uma penalidade de advertência ao DAE em 18 de março, após a constatação do lançamento de esgoto sem tratamento no córrego.

Durante a reportagem na época, foi observado que a água do córrego apresentava coloração azulada e preta, além de um forte odor. Moradores do bairro São Luiz identificaram que o resíduo de tinturaria provinha de uma área industrial próxima, sendo canalizado pela rede de esgoto.

Outro ponto de destaque foi o rompimento de uma tubulação de esgoto do DAE, que contaminava o curso d’água. As adutoras que levavam água de uma represa localizada em um clube de campo para o córrego também estavam danificadas, reduzindo a vazão do leito.

Em 14 de março, técnicos da agência ambiental de Americana da Cetesb vistoriaram o local e confirmaram o rompimento da rede. A companhia acionou imediatamente o DAE para realizar o reparo necessário.

Um relatório detalhado dos danos ambientais causados pelo vazamento foi elaborado pela Cetesb, resultando na emissão do auto de infração, que exigia um cronograma de obras de contenção das estruturas do DAE.

Em resposta, a autarquia apresentou um relatório com registros fotográficos de um trabalho paliativo inicial. No entanto, para cumprir a penalidade imposta pelo órgão estadual, o DAE precisou realizar “obras de aterramento do local, cobrindo totalmente a tubulação exposta para evitar nova ruptura devido à movimentação da rede”. Essas intervenções foram concluídas em 2 de abril.

Com a finalização das manutenções, oficializadas em documento enviado à Cetesb em 8 de abril, o DAE conseguiu evitar outras sanções administrativas, que poderiam incluir multas.

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