Alunos de 4 a 6 anos da rede municipal passarão por triagem e óculos serão dados gratuitamente
O Fundo Social de Solidariedade de Nova Odessa está retomando o projeto “Visão”, realizado junto da Secretaria de Educação. A iniciativa proporciona testes de acuidade visual para identificar precocemente problemas em crianças das fases 1 e 2 da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino. Através de novos parceiros, a ação incluirá exames detalhados e a doação de armações e lentes para as crianças que tiverem constatadas dificuldades na visão.
O prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza recebeu nesta quarta-feira (3) em seu gabinete o médico oftalmologista João Romano, de Americana, junto da primeira-dama e presidente do Fundo Social do município, Andréa Souza. Foram apresentados os detalhes da nova etapa do projeto, que continua contando com as Óticas Diniz e agora tem a parceria da empresa Zeiss, fabricante de lentes de óculos.
“O projeto foi ampliado. Agora é tudo gratuito, com as crianças diagnosticadas com problemas visuais recebendo gratuitamente a armação e as lentes dos óculos”, destaca o Prefeito Bill. A ideia é reiniciar a ação ainda este ano, com a triagem nas escolas ocorrendo em breve e na sequência o encaminhamento para exames detalhados na Clínica de Olhos Romano, em Americana, provavelmente aos sábados.
“É um trabalho totalmente social e importante, envolvendo várias partes de um mesmo processo, para ajudar as crianças que precisam de óculos e são de famílias com dificuldade financeira”, ressalta Andréa Souza. “É fundamental diagnosticar no início e evitar problemas maiores. Não apenas trazendo benefício para o aprendizado em aula, mas dando maior qualidade para a vida toda dessas crianças”, reforça.
Nascido em Nova Odessa, João Baptista de Oliveira Romano Junior há décadas é um dos expoentes da Oftalmologia em Americana. O mais velho de quatro irmãos, ele tem ainda dois dos três filhos oftalmologistas. “A ideia é dar mais qualidade e conforto às crianças do projeto, com os equipamentos altamente especializados da clínica”, defende. “É uma prestação de serviços sem fins lucrativos”, frisa o médico.
O público-alvo é de aproximadamente 1.200 crianças, entre 4 e 6 anos. O profissional vai analisar questões como causas possíveis de baixa visão e doenças visuais que porventura algumas já tenham ou possam desenvolver. Entre elas a ambliopia, também conhecida como “olho preguiçoso”, que é a diminuição da capacidade visual que ocorre, principalmente, pela falta de estímulo em um dos olhos.
Em 2016, a triagem realizada apontou 280 crianças com algum tipo de alteração nas vistas. Entretanto, a maioria com 0,5 grau, o quê necessita de análise mais detalhada para saber da real necessidade de usar óculos. Na época, houve a distribuição de mais de 100 armações às famílias, que recebiam uma lista com as óticas que concediam desconto na aquisição das lentes. Agora, será tudo gratuito.