Em março, estarão disponíveis os resgastes do Sistema de Valores a Receber (SVR) do Branco Central, que ficaram popularmente conhecidos como “o dinheiro esquecido”. Entre os dias 7 e 11, empresas criadas e pessoas nascidas antes de 1968 poderão consultar e agendar o recebimento de suas quantias. Com isso, o risco de golpes se torna um problema comum para população — de acordo com pesquisas feitas por empresas de cibersegurança, mais de 560 mil pessoas foram vítimas de armadilhas referentes ao processo.
O coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, professor Luiz Alberto Ferreira, explica que esse tipo de estratégia criminosa é comum em casos com grande repercussão envolvendo dinheiro e tecnologia. “Toda informação oficial estará disponível apenas na plataforma do Governo sobre o tema. Qualquer aplicativo ou site desconhecido deve ser ignorado, assim como notícias vindas por fontes desconhecidas ou por SMS, WhatsApp e Telegram”, alerta.
Segundo a empresa de segurança cibernética Kaspersky, já foram identificados 30 sites usados para aplicar golpes e roubar dinheiro das vítimas. O Banco Central não envia links ou entra em contato com qualquer pessoa para tratar sobre os valores a receber ou para confirmar dados pessoais.
PROTEJA-SE
Para não cair em armadilhas e aumentar a proteção, o docente orienta que os internautas instalem dispositivos com solução de cibersegurança e desconfiem de qualquer mensagem que prometa vantagens e prêmios por conta da operação. “Transações financeiras desse tipo só devem ser feitas por bancos e órgãos oficiais, é importante estar atento e desconfiar de falsas promessas”, afirma o especialista.
Também não existe a exigência de pagamentos por parte do cidadão para receber ou consultar o “dinheiro esquecido” e essa solicitação configura golpe, de acordo com o docente. Em caso de dúvidas, a principal recomendação é para que as pessoas entrem em contato diretamente com o Banco Central, que faz atendimentos pela internet ou pelo telefone 145.