Morre a leoa Menina, do Parque Ecológico de Americana, aos 21 anos

O Parque Ecológico de Americana informou, na tarde desta terça-feira (12), a morte da leoa Menina. De acordo com a prefeitura, ela morreu no dia 3 de dezembro, aos 21 anos.

A felina era um dos animais mais velhos do zoológico e vivia junto do leão Nagan, que morreu em dezembro do ano passado. Em novembro, o parque também perdeu a tigresa Princesa, de 19 anos.

A administração informou que, em fevereiro deste ano, foi constatada a presença de um nódulo tumoral na região do tórax, durante avaliação de rotina e realização de exames.

“Além do tratamento da doença de coluna pelo qual Menina passava desde 2012, a equipe do Parque Ecológico intensificou o acompanhamento e os cuidados para com a leoa”, afirmou a prefeitura.

Segundo o parque, por se tratar de um animal idoso, e também pela dificuldade e risco de uma cirurgia, os profissionais optaram pelo tratamento paliativo e suporte do quadro clínico do animal, que se apresentava estável e sem sofrimento. Até então, a leoa tinha um comportamento adequado para sua idade e se alimentava normalmente, de acordo com o zoológico.

“No dia 2 de dezembro, Menina estava apática e não se alimentou como de costume, sendo constatado o óbito na manhã do dia seguinte, 3 de dezembro”.

A prefeitura informou que a necropsia foi realizada no Hospital Veterinário da FAM (Faculdade de Americana) pelos profissionais do Parque Ecológico, “onde foi vista alteração em linfonodos regionais, o que pode indicar ramificações do tumor e comprometimento de outros órgãos.”

Essa confirmação ocorrerá por meio de exames dos materiais coletados durante o procedimento e encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz.

A leoa Menina chegou ao Parque Ecológico muito jovem, ainda filhote, em 2002, após uma apreensão contra o tráfico ilegal de animais realizada pela Polícia Florestal em Indaiatuba (SP). Menina viveu 21 anos no zoológico, superando assim a longevidade da espécie, de 20 anos.

“Toda a equipe do Parque Ecológico, incluindo tratadores, biólogos, veterinários e demais funcionários, está sentida pela perda da nossa leoa Menina. Ao mesmo tempo, estamos cientes do dever cumprido, de que o animal sempre foi muito bem tratado, recebendo carinho e cuidados”, diz o secretário de Meio Ambiente, Fabio Renato de Oliveira.

Tigresa Princesa morreu em novembro

No dia 1º de dezembro, a prefeitura divulgou a morte da tigresa Princesa, uma fêmea de tigre siberiano. Ela tinha 19 anos.

Segundo a prefeitura, a tigresa estava em tratamento veterinário há três semanas, depois de apresentar um quadro de incontinência urinária, o que pode ter levado ao desenvolvimento de algumas feridas na cauda.

“O animal estava sendo monitorado pelos tratadores e veterinários, mas apresentou redução na quantidade de alimento ingerido nos últimos dias. Foi mantido em tratamento com avaliação constante dos técnicos”, informou a prefeitura.

Ainda segundo a prefeitura, a necropsia do animal foi realizada no Hospital Veterinário da FAM (Faculdade de Americana) e foram constatadas alterações nos rins e fígado compatíveis com a idade do animal. Foram coletados diversos materiais para exame microscópico (histopatológico) que serão encaminhados para análise no Instituto Adolfo Lutz.

Princesa nasceu em Americana em 15 de agosto de 2004 e superou a expectativa de vida da espécie, de 15 anos. Sob cuidados humanos, vivem em média 20 anos.

Morte de leão causou polêmica

No início deste ano, a morte do leão Nagan, do Parque Ecológico, foi motivo de polêmicas após denúncias de negligência e maus-tratos. O caso, inclusive, foi levado à Justiça. O laudo da necropsia do leão, no entanto, apontou que o óbito foi provocado por câncer no fígado. O animal morreu em 31 de dezembro do ano passado, aos 24 anos, no Parque Ecológico.

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