O Instituto Sou da Paz divulgou nesta segunda-feira, 05 de dezembro, o Índice de Exposição aos Crimes Violentos (IECV) referente ao ano de 2022, destacando Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Americana entre as 10 cidades mais seguras do Estado de São Paulo.
Com base nos dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, o IECV avaliou 136 municípios paulistas com mais de 50 mil habitantes, considerando seis categorias de registros: homicídio doloso, latrocínio, estupro, roubos gerais, roubos a veículos e roubos de cargas.
Nova Odessa ocupou a 3ª posição no ranking, seguida por Santa Bárbara d’Oeste em 6º e Americana em 8º. O índice, que varia de zero a 100, destacando menor exposição aos crimes violentos, apresentou uma média geral de 8,61.
Especialistas em segurança enfatizam que o destaque para a região ressalta a eficácia das medidas adotadas pelos municípios, Estado e federação em conjunto, além da integração bem-sucedida entre as polícias civil e militar e as guardas municipais.
O estudo observou um aumento na exposição aos crimes violentos na maioria dos municípios paulistas entre 2021 e 2022, com um crescimento uniforme nos crimes de natureza sexual em todo o Estado.
Carolina Ricardo, diretora do Instituto Sou da Paz, destaca que o IECV não apenas contribui para a gestão pública, apontando desafios na segurança, mas também fornece informações valiosas para candidatos às eleições municipais, orientando propostas eficazes para lidar com crimes violentos.
Situação na Região:
Santa Bárbara d’Oeste, com um índice geral de 3,57, registrou um aumento significativo nos casos de estupro, passando de nove para 28 entre 2021 e 2022.
Americana, classificada em 8º lugar com um índice de 4,05, apresentou um aumento nos casos de estupro de 31 para 41 no mesmo período.
Nova Odessa foi um dos poucos municípios paulistas a registrar queda nos casos de estupro, com o número reduzindo de 11 para cinco entre os anos de 2021 e 2022.
O sucesso da região na classificação é atribuído aos esforços conjuntos das esferas municipal, estadual e federal, destacando a importância da integração entre as forças, conforme ressaltado pelo delegado Kleber Antonio Torquato Altale, diretor do Deinter-9 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior).
O tenente-coronel Adriano Daniel, comandante do 19º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior), destaca as prisões realizadas nos anos de 2021 e 2022, evidenciando que a prevenção está associada à retirada de criminosos de circulação, com cerca de mil suspeitos presos em 2021 e 1,3 mil em 2022 na área de abrangência da corporação.
Além das forças de segurança, José Wendel Nascimento Santos, coordenador de planejamento da Gama (Guarda Municipal de Americana), destaca os investimentos realizados na cidade, como a “muralha digital”, que monitora cerca de 70% do município 24 horas por dia.
As 10 Cidades Mais Seguras de São Paulo (com mais de 50 mil habitantes):
- Capivari – 1,71
- Pirassununga – 2,26
- Nova Odessa – 2,95
- Porto Ferreira – 3,26
- Piracicaba – 3,44
- Santa Bárbara – 3,57
- Bragança Paulista – 3,91
- Americana – 4,05
- Monte Alto – 4,18
- Pontal – 4,19
As 10 Cidades Mais Violentas de São Paulo (com mais de 50 mil habitantes):
- Peruíbe – 19,02
- Caraguatatuba – 18,01
- Mongaguá – 17,17
- Cruzeiro – 14,84
- Ubatuba – 14,33
- Itapecerica da Serra – 14,26
- Itanhaém – 13,70
- Bertioga – 13,55
- Registro – 13,19
- Lorena – 13,09
Fonte: IECV (Índice de Exposição aos Crimes Violentos)