O novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti, conhecido como LIRA, aponta que Nova Odessa tem um dos índices mais baixos entre todos os municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas). O documento foi divulgado na última quinta-feira pelo Ministério da Saúde e coloca o município com índice 0,3 numa situação “satisfatória”. Quando o índice varia entre 1% a 3,9%, o município entra em estado de “alerta”. Acima de 4%, a cidade apresenta um alto índice de infestação, com risco de surto para dengue, zika e chikungunya.
Segundo o coordenador da Vigilância Ambiental e do Programa de Combate à Dengue em Nova Odessa, Leôncio Neves Ferreira, são realizados quatro levantamentos ao longo do ano na cidade. “Nós visitamos 600 imóveis abertos, número este que é estipulado pela Sucen (Superintendência no Controle de Controle de Endemias). Esse resultado é excelente, porque nossa meta é sempre ficar abaixo de 1. E já estamos conseguindo manter esse resultado há um bom tempo. Porém, não podemos baixar a guarda”, comentou. De janeiro até agora, Nova Odessa só registrou 4 casos de dengue.
No país, o levantamento indica que 1.153 municípios brasileiros (22%) apresentaram um alto índice de infestação, com risco de surto para dengue, zika e chikungunya. O Ministério da Saúde alerta a necessidade de intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti, mesmo durante o outono e inverno, em todo o país. Ao todo, 5.191 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas três doenças, sendo 4.933 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 258 por armadilha. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.
O Levantamento Rápido de Índices por Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do vetor e das doenças (dengue, zika e chikungunya). Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.
CRIADOUROS
Segundo o Ministério da Saúde, a metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os principais tipos de criadouros predominantes. Os resultados reforçam a necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a dengue, zika e chikungunya, em especial nas cidades em risco e em alerta.
O armazenamento de água no nível do solo (doméstico), como tonel, barril, foi o principal tipo de criadouro na região nordeste. Nas regiões norte, sul e centro oeste, o maior número de depósitos encontrados foi em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção. Na região Sudeste predominaram os depósitos móveis, caracterizados por vasos/frascos com água, pratos e garrafas retornáveis.