O aumento da intensidade da onda de calor que afeta o Brasil fez o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitir um alerta de “grande perigo” por causa das temperaturas acima da média para 5 estados, válido até o próximo sábado (16), às 18h.
O alerta vermelho do instituto é emitido quando um fenômeno meteorológico é de intensidade excepcional (entenda mais abaixo) e, desta vez, é abrange boa parte do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina além do interior de São Paulo e de um pequeno trecho do noroeste do Rio Grande do Sul.
🌡️ Calor atípico: O forno em que grande parte do país está vivendo é resultado de uma onda de calor. O fenômeno costuma aparecer no fim da primavera, com a aproximação do verão. Mas, nos últimos anos, tem se tornado mais comum – um resultado direto das mudanças climáticas.
🚨 De modo geral, um alerta vermelho, segundo o Inmet, é emitido quando é esperado um fenômeno meteorológico de “intensidade excepcional, com grande probabilidade de ocorrência de grandes danos e acidentes, com riscos para a integridade física ou mesmo à vida humana”.
“A onda de calor está mais focada para as áreas do Sul, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, principalmente Centro-Oeste e Sudeste. É onde as temperaturas vão ficar 5 graus acima do normal”, explica César Soares, meteorologista da Climatempo.
Por causa disso, o Inmet também emitiu outros 2 alertas de onda de calor para o país: um de perigo potencial e outro de perigo.
O aviso abrange cidades como São Paulo, que pode ver seu recorde histórico de temperatura para o mês de março.
Segundo a Climatempo, se a temperatura atingir 34,3°C nos próximos dias, o recorde histórico de calor para março e para 2024 será igualado na capital paulista. No entanto, se subir apenas um décimo, alcançando 34,4°C, será estabelecida uma nova marca histórica, tornando essa onda de calor de março de 2024 ainda mais notável.
Já em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, a máxima no próximo sábado (16) pode chegar aos 38ºC. Mesmo valor esperado no fim de semana para a cidade do Rio de Janeiro.
“Essas regiões estão sob efeito de massas de ar mais secas, mais quentes que impedem também a presença de uma chuva mais presente, que refresca a atmosfera ou até mesmo frentes frias. Então como isso não está acontecendo, a temperatura só sobe nessas áreas”, acrescenta César.