O calor não atinge apenas nós humanos, também é preciso atenção no cuidado com os pets. Assim como as pessoas, cães e gatos também sentem a mudança na temperatura e precisam de adaptações na rotina.
A docente e médica veterinária do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Vanessa Lowe explica sobre o processo dos pets nesse período “Os cães e os gatos não transpiram como nós. Os animais possuem pouquíssimas glândulas sudoríparas pelo corpo. A maior parte delas ficam localizadas nos coxins, as almofadinhas das patas, uma região pequena e pouco desenvolvida, que não é eficiente na regulação da temperatura do corpo dos animais”.
“Os cães têm como solução ficar de boca aberta, ofegantes, ato que chamamos de arfar, para dissipar a carga de calor através da língua e da mucosa oral, ajudando assim a se refrescar. É importante ressaltar que os animais com excesso de peso apresentam uma maior dificuldade de perder calor pelo acúmulo de gordura, não obstante, também possuem um comprometimento respiratório que dificulta a perda de calor, assim como cães que tem focinhos curtos, como os Shih tzu, Buldogues e Pugs, esses devem receber atenção especial nesse período do ano.”, destaca a especialista sobre o cuidado e atenção.
Confira as dicas da profissional para manter a saúde e bem-estar dos bichinhos nos dias quentes:
Tosa: a primeira recomendação é sobre os cuidados com os pelos, que devem ser mantidos aparados, pois além de ajudar a refrescar, facilita o manuseio do animal na hora do banho, mas atenção, os pelos também serve como uma barreira de proteção para a pele. Existem ainda raças das quais não são recomendadas tosas completas, consulte um profissional;
Hidratação: além do local higienizado e arejado para consumo de água diariamente, é extremamente necessário que durante os passeios seja ofertado água aos animais abundantemente. Além disso, a prática de colocar algumas pedras de gelo na água a ser consumida é muito bem-vinda, mas sem exageros;
Horários: leve seu pet para passear, mas antes observe os horários em que a temperatura esteja mais amena. Prefira sair antes das 9h e após às 18h. Muita atenção com pisos quentes, como o asfalto, podem queimar as patinhas do seu pet;
Conforto: evite levar e manter seu pet em lugares fechados e quentes. Locais sem ventilação será prejudicial para o seu animal. Permita que ele tenha acesso a superfícies frias para encostar a barriguinha;
Banhos: nesse período do ano, os banhos podem ocorrer com maior frequência. Uma vez por semana e a deve-se realizar a secagem com um secador em temperatura de mínima a média;
Proteção solar: os pets possuem produtos para fotoproteção, que são específicos para uso nos animais. Priorize partes sem pelos, como barriga, focinho e orelhas. E ainda, ajudará a evitar o câncer de pele;
Pets na viagem: praias (que aceitem circulação de animais) e parques devem ser visitados apenas em horários propícios e se oferecerem local fresco e seguro. Devem conter espaços com sombras, água fresca e ventilação;
Idosos e com problemas de saúde: pets com a idade avançada e que apresentem problemas de saúde, como: de coração, respiratórios e sobrepeso, devem receber atenção redobrada. Quaisquer sinais de cansaço, desconforto, mudanças no comportamento e frequência na alimentação e ingestão de água, um médico veterinário deve ser consultado. Mantenha-os sempre em local com boa ventilação, hidratação abundante e os pelos tosados;
Piscina e mar: o animal deve ser supervisionado durante todo o tempo caso queira ambientá-lo com a água. Já existe no mercado pet coletes para flutuação e não esqueça de secá-los após a saída da água;
Pulgas e carrapatos: em períodos quentes e úmidos, as pulgas e carrapatos se tornam mais comuns. O ideal, segundo a especialista, é manter as visitas periódicas ao veterinário para que o profissional prescreva o tratamento preventivo adequado e individualizado para cada animal.