Procon de Americana se reúne com empresas de telefonia em tentativa de redução de reclamações

O secretário municipal de Negócios Jurídicos, Alex Niuri e o diretor do Procon de Americana, José Francisco Montezelo se reuniram, na manhã desta quinta-feira (24), com representantes das empresas prestadoras de serviços telefônicos com maior índice de reclamações no órgão municipal, Tim, Claro e Vivo. O objetivo da reunião é tentar estabelecer ações em conjunto com as empresas, que reduzam os registros de queixas dos consumidores no Procon. O vereador e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor em Americana, Thiago Brochi, também acompanhou a reunião.

“Ao analisar o ranking das reclamações no Procon de Americana, vemos que as empresas de telefonia lideram os registros e não podemos assistir a tudo isso e não tomar nenhuma providência. As mesmas queixas estão todos os meses e sabemos que essas empresas podem investir em melhorias”, comentou o secretário de Negócios Jurídicos, Alex Niuri.

Em levantamento realizado e apresentado durante a reunião, o órgão municipal mostra que em 2018 a Claro foi a empresa telefônica com maior índice de reclamações, somando 398 queixas, seguida da Vivo, com 240 e a Tim, com 94 reclamações registradas pelos consumidores. Nos dez meses de 2019, o Procon aponta que os números não tendem a cair. A Claro continua em primeiro lugar no ranking das reclamações das empresas telefônicas com 269 queixas, seguida novamente da Vivo, com 179 reclamações e a Tim, na terceira posição, com 89.

As principais reclamações dos consumidores são: cobrança indevida; problemas com rescisão de contrato e portabilidade; dúvida sobre cobrança; além de cobrança abusiva mediante constrangimento.

“O que percebemos é que as pessoas tentam, muitas vezes, resolver via call center, mas o problema não é resolvido, então procuram o Procon. Apesar dos investimentos das empresas, estes serviços são precários”, comentou o diretor do Procon, Montezelo.

Os representantes das empresas explicaram, durante a reunião, alguns pontos e estabeleceram um cronograma de ações para que os problemas possam ser sanados.

“Nenhuma empresa gosta de receber reclamação, seja no call center ou no Procon, então nosso desejo é diminuir esses números cada vez mais. Neste primeiro momento, vamos treinar nossos atendentes junto ao Procon, além de habilitar os três pontos de atendimentos que temos no município para o atendimento ao consumidor do início ao fim, seja para a compra de um produto, até resolver alguma dúvida”, comentou a coordenadora de Ouvidoria da Claro, Camila Bernardes.
A representante da empresa disse, ainda, que irá verificar e melhorar o estacionamento designado aos clientes da empresa Net em Americana, que faz parte da Claro, localizada no Parque Industrial.

“Eu pessoalmente já precisei usar o estacionamento, mas não tem espaço para o consumidor, só para os funcionários da empresa, dificultando este relacionamento da empresa e o cliente”, disse Alex.

A empresa Vivo, representada na reunião pela analista de Relacionamento de Clientes, Luciana Macedo Ribeiro Nunes, disse que está à disposição do Procon para apresentar, em detalhes, as várias frentes de atendimento que visam melhorar a experiência do cliente junto à empresa.

A Tim, por sua vez, representada pela advogada Flávia Tamiko Villas Boas Minami de Sá, informou que a empresa cria mutirões de esclarecimentos em outros municípios e que a empresa está à disposição para participar de projetos em Americana.

O vereador Thiago Brochi sugeriu as empresas uma visita guiada nas lojas das operadoras em Americana, junto com o Procon, onde poderão apontar o que precisa ser adequado de acordo com o CDC (Código de Defesa dos Consumidores).

“Prontamente eles apoiaram a ideia e iremos agendar uma data para essa visita nas lojas. A reunião foi muito produtiva e vamos tentar fazê-la periodicamente, junto com o secretário e o diretor do Procon”, comentou o vereador.

COBERTURA DE INTERNET 
Durante a reunião, o secretário de Negócios Jurídicos aproveitou para questionar  e solicitar as empresas o mapeamento de cobertura de internet na cidade. De acordo com Alex, as empresas se preocuparam com o sinal da telefonia, mas a internet cabeada ainda não abrange todos os bairros do município.

“Alguns locais não recebem o cabeamento para o fornecimento da internet. Muitos prédios novos, inclusive, que recebem habite-se, demoram meses para ter o acesso à internet. Então, fizemos essa solicitação para que a cobertura chegue em todos os bairros e tem um novo marco regulatório da Lei Federal que coloca o serviço de internet igual ou maior que a telefonia”, explicou o secretário.

As empresas disseram, prontamente, que irão enviar o mapeamento de cobertura ao Procon.

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