A pele do rosto é uma das mais sensíveis do corpo, por isso é tão importante manter uma rotina de cuidados, inclusive quando você usa maquiagem. E existe uma sequência correta para aplicar cada produto e proteger e cuidar da pele, além de garantir um melhor resultado da make, sabia?
Primeiro deve vir o creme hidratante, depois o protetor solar e, por fim, a maquiagem. Confira a seguir o passo a passo e por que é importante seguir essa sequência ao aplicar os cosméticos.
Passo 1: hidratação
Depois de fazer a higiene no rosto, o indicado é aplicar o hidratante —mesmo que sua pele seja oleosa, pois existem produtos específicos para isso. O creme entra como a etapa de tratamento e, por esse motivo, precisa estar em contato direto com a pele para trazer um bom resultado.
Além da garantir uma fixação da maquiagem, grande parte dos hidratantes possui antioxidantes, o que faz com que aumente a proteção contra as substâncias que estão no ambiente e geram a produção de radicais livres, como poluição e até mesmo o sol. Cremes hidrantes com FPS (Fator de Proteção Solar) acima de 30 garantem uma proteção eficaz da pele e dispensam o protetor desde que também protejam contra raios UVA.
Passo 2: proteção solar
Essa é a parte mais importante da sequência. O protetor deve vir após todos os cremes de tratamento (hidratante, antirrugas etc.) Cada pessoa exige um cuidado especial —veja aqui o protetor mais indicado para sua cor de pele. Mas, geralmente, os especialistas recomendam que o produto tenha FPS (que bloqueia os raios UVB) pelo menos 30 e PPD (sigla em inglês para Persistent Pigment Darkening; em português “escurecimento persistente do pigmento”), responsável por proteger dos raios UVA, de pelo menos 1/3 do FPS —ou seja, acima de 10, no caso do FPS 30.
Simone Neri, dermatologista da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e da Rede D’Or São Luiz, recomenda aplicar o protetor solar de 30 a 15 minutos antes de se expor ao sol, pois esse é o tempo que boa parte dos produtos leva para fazer efeito.
Nunca é demais lembrar que não se proteger corretamente do sol traz diversos prejuízos à saúde. O primeiro e mais evidente, a queimadura da pele (veja o que fazer quando você vacila e fica todo vermelho). Também é possível ter piora e surgimento de manchas; melasma; flacidez e rugas por causa do envelhecimento; e, em longo prazo, aumento o risco de câncer de pele.
Passo 3: maquiagem
A maquiagem vem para dar o acabamento da pele, depois da hidratação e proteção. Atualmente, existem diversos produtos do mercado de cosmético que já vem com alta proteção: desde protetor solar com pigmentação até base e pó compacto com FPS.
Esses cosméticos até podem substituir o protetor solar, desde que tenham FPS ideal para sua pele (geralmente igual ou acima de 30) e protejam dos raios UVA. Mas lembre-se que a maquiagem muitas vezes não é tão resistente ao suor quanto o filtro solar. Além disso, não a aplicamos em partes como pescoço e orelhas —onde geralmente também passamos protetor ao aplicar o filtro solar no rosto. Então, se for usar só a maquiagem como proteção para o rosto, lembre-se de passar o filtro de corpo nessas partes.
Para quem não gosta de utilizar muitos produtos, há a opção do BB Cream, que é uma base que possui várias funções, como hidratar, suavizar, uniformizar e proteger a pele. “A maquiagem fica melhor e tem a tonalidade que a pessoa quer, por exemplo. Além disso, o produto é antioxidante, hidratante e clareador”, explica a dermatologista da SBD Tatiana Gabbi. Mas lembre-se que é importante que o produto tenha FPS acima de 30.
E o protetor com cor?
Outra opção é usar o protetor solar com cor e abrir mão da maquiagem. Além de ser 2 em 1, o produto acaba oferecendo uma proteção muito melhor do que aqueles sem cor. “Esse protetor vai fazer uma barreira física, além da química que um protetor sem cor já tem. Eu sempre recomendo, principalmente para mulheres com melasma ou que já tiveram câncer de pele”, explica Alice Jaruche, dermatologista da SBD e do Hospital Sírio-Libanês.
A proteção física é quando os raios batem na pele, mas não são absorvidos e sim refletidos pelo filtro —o mesmo que acontece quando você usa uma camiseta. Ela é menos agressiva e indicada para pacientes com pele sensível, gestantes e crianças de seis meses a dois anos. Já a proteção química, como o próprio nome diz, ocorre por meio de uma reação química das substâncias presentes no produto —o que cria uma proteção contra a radiação solar, impedindo sua penetração na pele.
No caso dos protetores solares com cor, o pigmento funciona como uma barreira física — mas não é a única. Neste tipo de produto, há também a pasta de zinco e outros elementos que fazem a proteção química.
Se você vai curtir o verão na praia ou na piscina, com intensa exposição ao sol, saiba que é sempre bom evitar os horários de pico: das 10h às 16h. Caso não seja possível, use outras técnicas de proteção aliadas ao uso do filtro solar: chapéus, óculos e roupas com FPS. E, lembre-se: repasse sempre o filtro a cada duas horas ou toda vez que entrar no mar ou na piscina.
fonte : uol