O prefeito de Americana, Omar Najar, acompanhado do secretário municipal de Saúde, Gleberson Miano, e do vereador, Rafael Macris, lançou na manhã desta quinta-feira (5), no auditório Villa Americana, o início do projeto “Saúde Já”, que deverá reduzir a fila no município em consultas médicas especializadas. Nos próximos dias, com a publicação do edital, os médicos de diferentes especialidades poderão manifestar o interesse em participar do projeto, com a oferta dos serviços à municipalidade.
O projeto, de iniciativa do vereador Rafael Macris, pretende reduzir a fila de espera em consultas na rede pública municipal, situação apontada pelo secretário de Saúde como uma das mais delicadas, já que a demanda por esses procedimentos é elevada e a prefeitura encontra-se impedida de contratar os profissionais por concurso público. “A gente precisa pensar em medidas efetivas que realmente vão contribuir com as pessoas que estão na fila de espera e a gente consiga desaguar essa fila, fazendo um número muito grande de consultas mensais”, explicou o vereador.
Pelo chamamento público serão contempladas consultas de 19 especialidades, como cardiologia, dermatologia, neurologia, oftalmologia, urologia, ortopedia, psiquiatria, entre outras. O valor estipulado para cada consulta será de R$ 52,00, cujo custo será mantido pelo Poder Executivo. O contrato dos serviços, conforme será especificado no processo de chamamento público, inicialmente, deve ser de 12 meses, podendo ser renovado conforme a legislação vigente.
De acordo com o secretário de Saúde, as consultas deverão ser realizadas por encaminhamento em locais indicados pela contratada, como ambulatórios ou consultórios médicos no município e serão acompanhadas pela própria Secretaria de Saúde. “O médico se credencia e, no consultório dele, num determinado horário do dia, ele irá disponibilizar o atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde). As guias serão liberadas pela Secretaria de Saúde e nós faremos o controle”, explicou Miano.
Para o prefeito Omar Najar a iniciativa é de extrema importância, considerando que em Americana houve represamento das consultas em decorrência, principalmente, dos pedidos de exoneração de muitos médicos que não aceitaram a determinação administrativa de registrar o ponto eletrônico. “Nós temos algumas especialidades represadas devido a situações que foram criadas por questões de legalidade. A lei é clara, pessoa que trabalha na saúde ou em qualquer repartição pública é obrigada a carimbar o cartão eletrônico. A partir disso, houve uma debandada de aproximadamente 80 médicos que acharam que isso não serviria para eles, inclusive médicos concursados”, justificou.
A Secretaria de Saúde também irá abrir um processo seletivo para a contratação de médicos que irão atuar nas Unidades Básicas de Saúde para diminuir a demanda por consultas da Atenção Básica.