A Vara do Júri de Americana rejeitou, na tarde desta sexta-feira (30), o pedido de prisão temporária de 30 dias solicitado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) para o vereador Juninho Dias (PSD). Apesar do apoio do Ministério Público local, o juiz Wendell Lopes Barbosa de Souza considerou que ainda são necessários mais elementos para justificar a prisão.
Juninho é investigado por tentativa de homicídio, lesão corporal, associação criminosa e peculato, após se envolver em uma confusão na noite de quinta-feira (29) no Jardim da Mata. Segundo a DIG, o vereador fez disparos com arma de fogo durante o tumulto, alegando que estava defendendo seu pai de uma agressão.
Na noite do incidente, a polícia encontrou munições e armas na casa de Juninho, além de veículos e anotações de transações financeiras. O delegado Filipe Rodrigues de Carvalho havia solicitado a prisão temporária para evitar possíveis obstruções na investigação.
O pedido foi apoiado pelo promotor Vanderlei César Honorato, que destacou a gravidade do caso. Contudo, a Vara do Júri decidiu que mais provas e depoimentos são necessários antes de considerar a prisão. Juninho continuará sob investigação, e a DIG seguirá apurando não apenas a tentativa de homicídio, mas também possíveis irregularidades relacionadas ao patrimônio do vereador.
Em uma postagem nas redes sociais, Juninho afirmou que agiu para proteger seu pai durante a briga. Ele, que foi o candidato mais votado em 2020 e atualmente disputa a reeleição, alegou ter feito os disparos para o alto e não em direção à vítima.
O caso ainda está sendo investigado, e novas diligências podem ser realizadas conforme a autorização judicial.